Os 11 maiores erros da Engenharia
Errar é humano e acreditem se quiser, os engenheiros também são. Por isso que constantemente temos que verificar o que fazemos. Embora alguns desses erros sejam pequenos e possam ser corrigidos, a história tem testemunhado alguns descuidos colossais que levaram a grandes catástrofes. Veja alguns casos abaixo:
Torre de Pisa
Explosão de Halifax
Tacoma Narrows Bridge
Central Nuclear de Chernobyl
Hyatt Regency Hotel Passagem
New Orleans Sistema de Canal e Dique
Stata Center 2007
Deepwater Horizon Explosão
Space Shuttle Challenger
Banqiao Reservoir Dam
O desastre Boston Molasses
A Torre de Pisa, que se localiza na praça dos Milagres em Pisa, na Itália, causa espanto aos turistas que visitam o local pela inclinação acentuada, uma das maiores atrações do mundo é realmente resultado de um erro de engenharia e por mais de 800 anos, a torre inclinada de Pisa continua a chamar a atenção em todo o mundo por ser um destino popular para turistas.
A construção começou em 1173 em uma base instável composta de lama, areia e argila e grau de compactação muito baixo. Quando os engenheiros chegaram ao terceiro andar, a torre começou a afundar no solo macio e inclinar-se em um lado, eles tentaram corrigir o problema, construindo os andares um pouco maiores do lado mais baixo,mas a medida não deu certo e só prejudicou a construção, porque aumentou a instabilidade com o excesso de peso.
A obra foi concluida em 1350, com 56 metro de altura e 8 andares, desde a sua conclusão estabeleceram diversas tentativas de explicação para que um erro tão grosseiro acabasse interferindo no desenho do edifício, uma primeira explicação diz que a inclinação seria uma homenagem feita a William de Innsbruck, um dos possíveis projetistas da torre que possuía uma corcunda nas costas, outras histórias dizem que a forma é resultado de um protesto feito pelos trabalhadores que recebiam baixos salários.
No ano de 1838, uma obra de restauração acabou atingindo um lençol freático e inundou toda a base da Torre de Pisa. Quase um século depois, o ditador, Benito Mussolini, ordenou que aplicações de cimento fossem postas junto ao alicerce, entretanto, o monumento acabou torto do mesmo jeito.
Na medida em que as técnicas de construção avançaram, ficava mais evidente que o endireitamento da Torre de Pisa era imprescindível à sobrevivência do belo monumento.
A torre foi fechada em 1990 por razões de segurança e milhões de dólares foram despejados para estabilizar a estrutura e configurá-la de volta à posição que tinha em 1838.
Para os geólogos, se não forem tomadas medidas de compensação na base, a torre corre um sério risco de desabar dentro de alguns anos,seria necessário fazer um estudo geotécnico mais apurado do terreno.
Desde o final de 2001, as visitas foram novamente liberadas para aqueles que sonham adentrar essa maravilha arquitetônica do Velho Mundo.
A incrível história de Halifax, uma cidade da Nova Escócia, devastada pela explosão maciça de dois navios que colidiram, formando uma onda gigante de grande impacto em 1917, um deles carregados com toneladas de explosivos, causou uma gigantesca explosão que posteriormente ficou conhecida como Explosão de Halifax, destruindo metade da cidade e matando cerca de duas mil pessoas, esta explosão foi a maior já registrada à época, feita por artefatos humanos, e é uma das maiores explosões feita pelo homem até os dias atuais.
Enquanto milhares de soldados canadianos perdiam as suas vidas na Europa em plena guerra, Halifax era um próspero e florescente porto.
O navio francês cargueiro Mont-Blanc carregado de explosivos partiu no dia 1 de Dezembro de Nova York com destino a Halifax para então seguir para a França, onde levaria os explosivos para a Primeira Guerra Mundial. No dia 5 de dezembro o navio chegou ao local e estava aguardando para entrar no porto. Contudo, já era tarde pois o porto contava com dois anti-submarinos que impediam a entrada e a saída de navios. Isso impossibilitou a entrada do Mont-Blanc. No mesmo instante o navio belga Imo, sob comando do capitão estava prestes a partir para Nova York. Mas um atraso devido a um problema no fornecimento de carvão para o navio tardou a partida.
Na manhã do dia 6, o Imo tentou partir por um canal situado à direita, mas o navio comercial Stella Maris estava bloqueando sua passagem. Como resultado, o capitão tentou a outra passagem pelo canal à esquerda, no mesmo tempo em que o Mont-Blanc estava entrando pelo canal. Os dois navios recusaram-se recuar e o capitão do navio Mont-Blanc ordenou que seu navio seguisse adiante. O capitão do Imo tentou uma tração para trás, gerando faíscas que rapidamente levaram à parar o navio, mas a ação de ré do motor do navio o levou até o centro do canal onde houve a colisão.
Ao perceber que o fogo ficara fora de controle, Mont-Blanc ordenou a evacuação do navio, que rapidamente foi executada em dois barcos a remo. Outros navios vieram em socorro do Mont-Blanc que estava em chamas, mas a explosão era inevitável, então às 9h4min35, o navio explodiu formando uma bola de fogo que atingiu cerca de 1,6 km no ar, semelhante (embora em menor escala) ao “cogumelo” formado pela bomba atômica em Hiroshima. Além disso, a explosão ocasionou uma tsunami que destruiu boa parte de Halifax.
O barco desapareceu por encanto; apenas um pedaço de sua âncora, pesando meia tonelada, caiu a uma distância de 8 quilômetros. Navios saltaram, libertando-se das amarras. Uma grande pedra subiu do fundo do mar e rodopiou nos ares. As pessoas que se encontravam na ilha Prince Edward, a 125 milhas testemunharam a explosão e navios que navegavam a longa distância sentiram o gigantesco desastre.
A tragédia resultou na morte de 2.000 pessoas, sendo que aproximadamente metade morreu instantaneamente. Outras 9 mil pessoas foram feridas (a maioria gravemente) e o prejuízo foi calculado em US$30 milhões na época. Cerca de 1,3 km² da cidade foi completamente destruído e como conseqüência 1.500 pessoas ficaram sem suas casas. A explosão foi ouvida em Charlottetown, localizada 175 km ao norte.
A ponte pênsil Tacoma Narrows iniciou suas obras em 1938, durante sua construção, técnicos, engenheiros e demais perceberam que durante correntes de vento a estrutura possuía tendência para oscilar transversalmente, mas não contaram com as forças aerodinâmicas no local, especialmente em períodos de ventos fortes, assim a ponte estava vulnerável a vibrações geradas pelo vento, por esse motivo passou a ser chamada carinhosamente de Galloping Gertie. Vários ensaios foram realizados com o objetivo de reduzir tais oscilações contudo, nenhum chegou a produzir realmente plena eficácia.
No verão de 1940, a ponte foi aberta ao tráfego rodoviário e, pela sua peculiaridade, logo tornou-se atração turística. O que para os engenheiros era um verdadeiro horror estrutural, para as demais pessoas deveria ser um prazer indescritível dirigir ou observar uma grande estrutura como se estivesse numa montanha-russa.
Quatro meses após a abertura, a estrutura desabou e sua única fatalidade foi um cocker spaniel preto. Na madrugada do dia em que ocorreu o colapso, os ventos atingiram a velocidade de 64 km/h, fazendo com que a ponte oscilasse muito juntamente com os cabos de sustentação.
Após o colapso da ponte pênsil Tacoma Narrows, buscou-se um melhor entendimento sobre os fenômenos ondulatórios, que culminaram num grande avanço no campo das Engenharias, mais precisamente no que se refere à Aerodinâmica de Estruturas.
Uma ponte de substituição foi construída dez anos mais tarde, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Os restos da ponte original permanecem na parte inferior do Puget Sound, onde eles formam um dos maiores recifes artificiais do mundo.
Em 26 de abril de 1986, um reator estruturalmente instável na Central Nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, explodiu. Foi o pior desastre na usina nuclear da história, resultando em um colapso nuclear grave. Materiais radioactivos altamente foram lançados na atmosfera e sobre uma extensa região geográfica na sequência da explosão espalhando-se por uma boa parte da Europa e União Soviética. O acidente foi causado por um projeto do reator defeituoso, que foi operado com pessoal inadequadamente treinados e não cumprimento de regulamentos de segurança.
Para que um reator funcione são necessários alguns procedimentos de segurança, que garantem o bom funcionamento deste compartimento. Entre eles podemos destacar as hastes controladoras, que tem como principal função, controlar as reações em cadeia que acontecem com o Urânio-235 no seu interior, e que devem funcionar regularmente.
No acidente da Chernobyl, não foi diferente, as hastes foram utilizadas a fim de controlarem o efeito das reações, porem se comportaram de forma contraria ao esperado e ao invés de inibir as reações, contribuiu para que as mesmas ocorressem de forma incontrolável.
Outro grave problema foi a falha humana que ocorreu durante a manutenção do reator em uma de suas inspeções, pois não foram seguidas as normas de segurança adequadas para trabalhar com o reator em baixa produção. Logo o efeito não pôde ser controlado pelo painel de controle tampouco manualmente como deveria ocorrer em caso de urgência.
Ocorrido o acidente, o vento encarregou-se de espalhar as nuvens com os elementos radioativos por boa parte dos paises vizinhos, e por onde passou afetou a vida dos seres que ali viviam.
O governo Soviético tentou manter o acidente em sigilo, sem que houvesse evacuação das pessoas nas cidades mais próximas. Porem, habitantes de uma cidade a cerca de três quilômetros, foram totalmente infectados e só foram retirados da cidade depois de terem passado horas expostos a radiação. Dessa forma, semelhante à reação em cadeia de um reator, outros países detectaram um alto nível de radiação no ambiente, e a partir daí resolveram ajudar a inibir os efeitos que o acidente poderia vir a causar. Muitos paises foram infectados com a radiação, entre eles podemos citar a Dinamarca, Suécia, França e Itália.
Assim, Chernobyl ficou conhecido como o maior acidente envolvendo Usinas Nucleares e segundo a ONU, cerca de quatro mil pessoas morreram, porem esse número é discutível, visto que outras entidades chegam a avaliar cerca de cem mil mortos no acidente.
A construção do Hyatt Regency Crown Center, de 40 andares, começou em 1978 e o hotel abriu em 17 de julho de 1981 após atrasos de construção incluindo um incidente em 14 de outubro de 1979 quando 250m² do teto do átrio colapsaram devido a uma falha da conexão do teto.
O colapso da passarela do hotel Hyatt Regency foi um grande desastre em Kansas City, Missouri, matando 114 pessoas e ferindo mais de 200 durante uma competição de dança, 2.000 dançarinos se reuniram no átrio do hotel para participar do
concurso. Os visitantes se reuniram em três passarelas suspensas no teto para que pudessem observar as festividades no lobby abaixo, a medida que a noite avançava, duas destas passarelas suspensas desabou.
Uma das características marcantes do hotel era seu lobby, com um característico átrio de múltiplos andares cruzado por passarelas suspensas de concreto no segundo, terceiro e quarto andares, com a passarela do quarto andar diretamente acima da passarela do segundo andar.
As investigações sobre o colapso revelou sérias falhas, entre elas a de projeto da estrutura, problemas com o material da construção que levaram a mudança no projeto dobrando a carga na conexão entre a viga de suporte da passarela do quarto andar e os tirantes, aumentando o esforço gerado pela passarela do segundo andar, este novo projeto dificilmente conseguia suportar o peso próprio da estrutura, muito menos o peso dos espectadores por sobre as passarelas, a conexão falhou e ambas as passarelas colidiram uma por sobre a outra e por sobre o lobby abaixo e a falta de comunicação entre a empresa de engenharia, Jack D. Gillum and Associates, e a empresa de construção Havens Steel.
Os engenheiros que tinham assinado o projeto perderam suas licenças e o proprietário do hotel pagou mais de US$ 140 milhões em ações judiciais para as vítimas ou suas famílias.
Na época, foi o colapso estrutural com mais mortos na história dos Estados Unidos.
Nova Orleans foi construída no que antes era uma enorme região de mangue na foz do Mississippi. A cidade está protegida do rio, que corta a cidade, e do Lago Pontchartrain, marco de seu limite ao norte, por uma intrincada redes de diques, associados a um sistema de bombeamento de água, os diques mantêm seca a cidade, que está abaixo do nível do mar, do rio e do lago. Os pesados muros de cimento que formam a rede de diques foram projetados para resistir a um furacão de categoria 3 (a escala de destruição desses fenômenos vão até 5).
Quando o Katrina estava no Golfo em 2005 e ficou claro que atingiria a costa perto de Nova Orleans, ele era de categoria 5, o primeiro desse nível desde 1969. Ao chegar ao continente, já havia baixado para a categoria 4. Foi o suficiente para a catástrofe. Os ventos e a pura energia do furacão arrasaram Biloxi e outras cidades na costa do Estado do Mississippi e do Alabama. Mesmo não tendo atingido Nova Orleans diretamente, o centro do furacão passou a leste da cidade, ela estava fadada a sofrer mais que as outras, cerca de 80 por cento da região foram inundados, matando milhares e deslocando várias famílias.
A enorme quantidade de água movida pelo Katrina caiu diretamente sobre Nova Orleans, sobre o Rio Mississippi e sobre o Lago Pontchartrain. Pressionado pelo volume de água e pela forte ondulação causada pelos ventos, o lago rompeu parte dos diques (muros de proteção) e invadiu a cidade inundando o Bairro Francês, um dos centros históricos mais antigos dos Estados Unidos.
O US Army Corps of Engineers encontrou o responsável por esta devastação que foi agravado por um sistema de diques e canal antiquado que protegia a cidade. Os diques falharam porque eles foram construídos de forma desarticulada, eram inconsistentes em qualidade, materiais e dados de projeto desatualizados.
Além disso, os engenheiros não levaram em conta a má qualidade do solo debaixo de New Orleans. Desde então, o governo dos Estados Unidos gastou mais de US $ 15 bilhões para atualizar o sistema.
Localizado no pedaço de terra onde o famoso Building 20 já esteve, o MIT Stata Center de Frank Gehry permaneceu aberto por apenas três anos antes que processos começassem a aparecer. Gehry e seu empreiteiro foram processados por “serviços de projeto deficientes e desenhos que fizeram goteiras saltarem, causaram rachaduras na alvenaria, mofo crescer, e blocos de gelo e detritos bloquearem as saídas de emergência.
Embora existam muitos que elogiem o edifício e, de fato, a partir da perspectiva de outras obras de Gehry, ele ser considerado por alguns como um dos melhores trabalhos do arquiteto, há certamente muitos que são menos entusiasmado pela estrutura. O uso de vidros como paredes interiores significa que aqueles que trabalham no prédio tem que abrir mão do senso de privacidade. Há também uma sala de aula onde, devido à ligeira inclinação das paredes, algumas pessoas têm tido sensação de vertigem.
O arquiteto colunista da Boston Globe, Robert Campbell, escreveu uma avaliação brilhante do edifício em 25 de abril. De acordo com Campbell, “o Stata sempre vai parecer inacabado. Também parece que está prestes a entrar em colapso. As colunas se inclinam em ângulos assustadores. As paredes balançam, desviam e colidem em curvas e ângulos aleatórios. Os materiais mudam onde quer que se olhe: tijolo, aço de superfície espelhada, alumínio escovado, tintas de colorido brilhante, metal corrugado. Tudo parece improvisado, como se jogado no último instante. Esse é o ponto. A aparência do Stata é uma metáfora para a liberdade, ousadia e criatividade da pesquisa que deve ocorrer dentro dele.”
O MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos apresentou no dia 31.10.2007 um processo contra o renomado arquiteto Frank Gehry por falhas no seu projeto do edifício Stata Center, inaugurado em 2004, com paredes e ângulos não convencionais, o design da construção de US$ 300 milhões, segundo o MIT, é a causa das inundações, goteiras, infiltrações, rachaduras na alvenaria, crescimento de fungos, entupimento dos esgotos, e das não previstas quedas de neve e gelo do telhado e das janelas bloqueando entradas e acessos. O Instituto acusa Gehry de negligência.
O projeto recebeu críticas ainda como a do ex-presidente da Universidade de Boston John Silber, que considera o projeto um desastre e disse ao The Boston Globe que “Gehry se considera um artista, um escultor. Mas o problema é que ninguém mora numa escultura e os usuários não tem que viver neste difício”.
A construtora Skanska USA Building Inc., que também está sendo processada, alega que avisou o arquiteto sobre problemas no sistema de drenagem do anfiteatro e culpa inteiramente seu design.
A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP Exploration. Afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.
Um dos piores desastres ambientais da história dos Estados Unidos, estima-se que 180 milhões de galões de petróleo foram lançados para o abismo. Mais de 8.000 animais foram relatados mortos apenas 6 meses após o derrame e 16.000 milhas no total de litoral foram afetadas, incluindo as costas do Texas, Louisiana, Mississippi, Alabama e Flórida.
Em 2002 a plataforma foi atualizada com “e-drill”, um sistema que monitoriza a perfuração e através do qual os técnicos em Houston, Texas, recebiam informação em tempo real do processo de perfuração da torre, bem como informação sobre manutenção e erros.
A 2 de setembro de 2009, Deepwater Horizon perfurou na jazida Tiber o depósito de petróleo e gás mais profundo até o momento, com uma profundidade vertical de 10.685 metros, dos quais 1.259 eram água.
A torre estava na fase final da perfuração do poço, na qual se reforça com concreto o poço. Este é um processo delicado, pois há possibilidade de os fluidos do poço serem libertos descontroladamente e o propósito da torre era perfurar poços de petróleo no subsolo marinho. Infelizmente a história comprovou falha mecânica, bem como erro humano levando a esta catástrofe.
O acidente do ônibus espacial Challenger ocorreu no dia 28 de janeiro de 1986, durante a fase de decolagem do ônibus Challenger, em apenas 73 segundos após seu lançamento a nave explodiu e consequentemente, a morte dos sete tripulantes que estavam a bordo. A nave se desintegrou sobre o Oceano Atlântico ao longo da costa da Flórida. Sua desintegração total começou quando o O-ring (juntas de borracha) de vedação do lado direito do foguete de combustível sólido falhou em pleno ar. A falha do O-ring causou uma quebra do selamento do foguete, permitindo que o gás quente sob pressão de dentro do motor do foguete alcançasse a parte externa e invadisse o tanque de combustível externo. Forças aerodinâmicas rapidamente destruíram a nave por completo.
Aos 68 segundos, o ônibus espacial recebeu comandos da base, e o comandante Dick Scobee emitiu a última resposta da nave: “Certo, seguir em alta propulsão.” Quatro segundos depois, o piloto do ônibus espacial, Michael J. Smith, disse: “Ih!” Um segundo depois, uma conflagração espontânea do combustível do foguete de propulsor sólido explodiu o tanque externo. De repente, a nave e a tripulação foram engolidos por uma enorme pluma de vapor, e o veículo se despedaçou quinze quilômetros acima do Oceano Atlântico.
Dentro da NASA os problemas com o ônibus se acumulavam em silêncio. O relatório do acidente, escrito pela comissão presidencial, descobriu mais tarde que, desde 1977, os gestores da NASA sabiam que as juntas de borrachas funcionavam mal em baixas temperaturas, e não formariam o lacre ideal no frio. Em lançamentos anteriores, os engenheiros descobriram que os lacres foram danificados, embora não o suficiente para causarem uma catástrofe. Em vez de remodelar a peça, no entanto, os gestores da NASA e da Thiokol arquivaram o problema como “um risco de vôo aceitável”.
Mas as temperaturas previstas para o lançamento do Challenger levantaram novas preocupações entre os engenheiros. As juntas de borracha não haviam passado por testes de segurança em temperaturas abaixo de 11 graus, eles contaram à NASA, e na manhã do dia 28 de janeiro, a previsão de frio era de um grau abaixo de congelamento, temperatura mínima permitida para o lançamento.
Parte do problema com o Challenger, alguns defendem, é que embora os riscos fossem de conhecimento de certas pessoas, eles não foram claramente divulgados o suficiente e, portanto, foram ignorados. Os gestores da NASA podem ter compreendido o problema em forma de números, mas não entenderam o perigo que ele apresentava à vida dos astronautas. É difícil temer o que não dá para ver. Um simples experimento científico poderia ter ajudado: a borracha se deformava com facilidade quando exposta a temperaturas abaixo de zero, conforme Richard Feynmann demonstrou, de forma dramática, nas audiências da Comissão Rogers.
Ninguém foi especificamente culpado pela comissão que investigou o Challenger. Em vez disso, a Comissão apontou para um problema sistêmico, criticando o processo “defeituoso” da NASA de tomada de decisões.
O desastre do Challenger tem sido usado como estudo de casos em muitas discussões de engenharia de segurança e ética no trabalho.
A Barragem de Banqiao é uma barragem no meio de outras 62 barragens na prefeitura de Zhumadian, na província de Henan, na China.
Construído no início dos anos 1950 como parte de um projeto enorme para controlar inundações e produzir energia no centro da China, o Banqiao Reservoir Dam conseguiu conter quase 500 milhões de metros cúbicos de água. Um hidrólogo chamado Chen Xing advertiu que a construção de muitas barragens e reservatórios poderia levantar o lençol freático em Henan para além dos níveis de segurança e levar ao desastre. Além disso, a barragem foi construída somente com 5 comportas quando Xing avisou que precisava de pelo menos 12.
Em agosto de 1975, o Tufão Nina caiu mais do que o valor de um ano de chuva em apenas 24 horas, a Barragem não suportou tanta água e cedeu, uma onda com 7 metros de altura e 10 km de largura se movia a uma velocidade de 50 km/h.
Foi lançado o equivalente a 280.000 piscinas olímpicas, levando consigo cidades inteiras e matando tantos quanto 171.000.
O Tufão Nina foi considerado um dos ciclones tropicais mais mortíferos de toda a história registrada. O colapso da barragem também causou o colapso sequencial de outras barragens menores, adicionando mais danos.
O Desastre de Melaço em Boston, também conhecido como o Grande Dilúvio de Melaço e a Grande Tragédia de Melaço de Boston, ocorreu em 15 de janeiro de 1919, no bairro de North End em Boston, Massachusetts nos Estados Unidos,nas instalações da Purity Distilling Company.
A construção terminou em um enorme tanque de melaço que ficou 50 pés de altura, 90 centímetros de diâmetro, e realizou mais de 2 milhões de litros de melaço, que na época era o adoçante padrão nos Estados Unidos.
O tanque também ajudaria a saciar o apetite do EUA para o álcool industrial, em grande parte para o uso no negócio de munições. No entanto, em sua pressa para fazer um lucro, os proprietários não levaram em conta a sabedoria na contratação de engenheiros qualificados e em vez disso procurou um homem que não foi capaz de ler plantas ou até mesmo pedir um simples teste. Como resultado, o tanque explodiu sem aviso e causou uma onda de melaço e detritos para viajar para baixo a rua em 35 milhas por hora. Aos 25 pés de altura, ele rasgou edifícios fora de suas fundações, matou 21 pessoas e feriu outras 150 pessoas.
O melaço armazenado estava aguardando transferência para a fábrica situada entre Willow Street e que hoje é chamada de Evereteze Way, em Cambridge.
Por volta das 12h 30min, o tanque de melaço entrou em colapso com forças suficiente para danificar as vigas da estrutura do elevado da ferrovia situada à avenida Atlantic, deslocando um vagão de trem. Os edifícios próximos foram deslocados de seus alicerces e destruídos. Vários edifícios foram inundados com uma camada de 60 a 90 cm de melaço.
Testemunhas afirmaram que durante o colapso, houve um estrondo alto, como se fosse uma sequencia de tiros de metralhadora e o chão tremeu como se tivesse passando um trem.
Jornalista do Boston Post disse: Que o melaço, na altura da cintura, cobriu a rua e girava como turbilhão e borbulhava sobre os destroços … Aqui e ali era impossível de dizer se era animal ou ser humano que lutava. Era uma massa pegajosa, quanto mais lutava, mais profunda era a massa envolta na pessoa ou no animal.
O jornal Boston Globe disse que as pessoas “foram apanhados por uma corrente de ar e lançadas…” Outros tinham detritos arremessados contra eles a partir do movimento do ar com cheiro doce. Um caminhão foi jogado no porto de Boston. Cerca de 150 pessoas ficaram feridas; 21 pessoas e vários cavalos morreram, alguns foram esmagados e afogados pelo melaço.
Vários fatores que ocorreram naquele dia e nos dias anteriores podem ter contribuído para o desastre.
O tanque foi montado inadequadamente e testado insuficientemente. Devido à ocorrência de fermentação no interior do tanque, a produção de dióxido de carbono aumentou a pressão interna. O aumento da temperatura externa que ocorreu ao longo do dia anterior também teria ajudado na elevação dessa pressão.
Registros mostraram que a temperatura do ar aumentou de -17 a 5,0 ° C durante esse período e o tanque foi utilizado apenas oito vezes com capacidade máxima, desde sua construção, colocando as paredes sob uma carga intermitente, cíclica.
Um inquérito após o desastre revelou que Arthur Jell, que supervisionou a construção, negligenciou na montagem do tanque;
O tanque não foi inspecionado adequadamente durante sua construção.
O tanque não foi testado após sua construção e antes de ser enchido com melaço.
O tanque tinha apresentado vazamento nas soldas entre as placas de aço antes da sua ruptura.
Finalmente as deficiências estruturais que o tanque apresentou, combinado com temperatura excepcionalmente quente contribuíram para o desastre, o evento entrou para a história local, e durante muitas décadas, os moradores alegaram que em dias quentes de verão, a área ainda cheirava melaço.
Fontes
http://www.brasilescola.com/curiosidades/torre-pisa.htm
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/41429/ressonancia-o-curioso-caso-da-ponte-tacoma-narrows
http://www.astropt.org/2015/04/06/ponte-tacoma-narrows-1940
http://www.infoescola.com/fisica/acidente-da-usina-nuclear-de-chernobyl/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colapso_da_passarela_do_Hyatt_Regency
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR71581-6013,00.html
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2005/09/05/ult34u134630.jhtm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Explosão_da_plataforma_Deepwater_Horizon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_do_%C3%B4nibus_espacial_Challenger
http://motherboard.vice.com/pt_br/read/a-historia-por-tras-da-explosao-do-onibus-espacial-challenger
http://pt.advisor.travel/poi/Barragem-de-Banqiao-10106
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_de_Banqiao
http://extremes-fdksyn.blogspot.com.br/2012/04/o-pior-colapso-de-barragem.html
http://zonaderisco.blogspot.com.br/2014/10/mega-desastre-ruptura-de-tanque-de.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Halifax
http://www.rtp.pt/programa/tv/p19002
https://pt.wikipedia.org/wiki/Explos%C3%A3o_de_Halifax
https://conexaohalifax.wordpress.com/halifax/
http://biografiaecuriosidade.blogspot.com.br/2012/08/explosao-de-halifax-uma-das-maiores-da.html
http://blogdopetcivil.com/category/catastrofes/
http://www.arqbacana.com.br/internal/arq!news/read/10221/mit-processa-frank-gehry
https://en.wikipedia.org/wiki/File:MIT_Strata_Center.jpg
http://capitalprojects.mit.edu/projects/stata-center-building-32